espaço de encontro para tod@as as pessoas, heterossexuais, bissexuais, gays, lésbicas, transexuais, testemunhas de jeová e/ou ex-testemunhas de jeová em Portugal e no resto do mundo, todos são bem-vindos! Aqui, pratica-se a tolerância! A utilização dos textos deste blog, qualquer que seja o seu fim, em parte ou no todo, requer prévio consentimento do autor/a.
sábado, 26 de dezembro de 2009
sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
as tj`s e o natal é sinónimo de faz o que eu digo e não faças o que eu faço
O meu ex-padrasto é testemunha de Jeová e a filha também.
Ontem em conversa com a minha mãe, lá foi dizendo, que hoje iria almoçar a casa da filha, de quem nem tem grande proximidade; esta ida a casa da filha acontece uma vez por ano, no dia de natal, então, isto não é celebrar o natal? Não, isto não é celebrar o natal (ironia minha) é apenas uma ida sem qualquer intenção de celebrar o natal (novamente ironia)
Eu vivo num bairro de Lisboa, onde as pessoas que moram aqui, se conhecem umas às outras, é claro que eu conheço, aliás, todas as pessoas conhecem as testemunhas de Jeová e os locais, sítios onde se instalam de revistas em punho, bem, mas estava eu a dizer que, esta semana vi algumas pessoas, testemunhas de Jeová, nas esquinas a conversar...sobre carros, viagens..mas isso é outra conversa…dizia, com o cabelo arranjado, as mesmas que durante todo o ano têm o cabelo dependurado...vestidas à espírito natalício, uma blusas de lã melhoradas...marcas de um anúncio do natal que iriam passar com a família, e é todos os anos assim…sabem uma coisa, e isto é para as testemunhas de Jeová que hão-de ler isto, a pergunta impõe-se: afinal celebram ou não celebram o natal, a reunião da família. a hipocrisia são estes gestos declarados entre a teoria que apregoam e a prática, sabem uma coisa, há pessoas que estão atentas aos que dizem e ao que fazem e ao modo como se vestem em algum momento de um ano! afinal isto é falta de verdade. numa palavra: são mentirosos. já todos tinhamos percebido, mas...
foram apanhados, não se escondam mais. assumam!
Não há desculpa para tanta pobreza de espírito.
Gostam de viver numa escuridão que os atinge e não os deixa ver que são os primeiros a infligir as regras que defendem.
Não há perdão para tanta mentira!
Ontem em conversa com a minha mãe, lá foi dizendo, que hoje iria almoçar a casa da filha, de quem nem tem grande proximidade; esta ida a casa da filha acontece uma vez por ano, no dia de natal, então, isto não é celebrar o natal? Não, isto não é celebrar o natal (ironia minha) é apenas uma ida sem qualquer intenção de celebrar o natal (novamente ironia)
Eu vivo num bairro de Lisboa, onde as pessoas que moram aqui, se conhecem umas às outras, é claro que eu conheço, aliás, todas as pessoas conhecem as testemunhas de Jeová e os locais, sítios onde se instalam de revistas em punho, bem, mas estava eu a dizer que, esta semana vi algumas pessoas, testemunhas de Jeová, nas esquinas a conversar...sobre carros, viagens..mas isso é outra conversa…dizia, com o cabelo arranjado, as mesmas que durante todo o ano têm o cabelo dependurado...vestidas à espírito natalício, uma blusas de lã melhoradas...marcas de um anúncio do natal que iriam passar com a família, e é todos os anos assim…sabem uma coisa, e isto é para as testemunhas de Jeová que hão-de ler isto, a pergunta impõe-se: afinal celebram ou não celebram o natal, a reunião da família. a hipocrisia são estes gestos declarados entre a teoria que apregoam e a prática, sabem uma coisa, há pessoas que estão atentas aos que dizem e ao que fazem e ao modo como se vestem em algum momento de um ano! afinal isto é falta de verdade. numa palavra: são mentirosos. já todos tinhamos percebido, mas...
foram apanhados, não se escondam mais. assumam!
Não há desculpa para tanta pobreza de espírito.
Gostam de viver numa escuridão que os atinge e não os deixa ver que são os primeiros a infligir as regras que defendem.
Não há perdão para tanta mentira!
sábado, 19 de dezembro de 2009
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Governo português aprova hoje proposta de casamento entre pessoas do mesmo sexo
Não penso casar com uma mulher.
Não estou a pensar casar com um homem, mas, parece-me que faz sentido que, um casal homossexual, que quer casar, possa casar. Estão no seu direito.
Daí que aqui seja notícia que hoje "o Governo aprova hoje a proposta de casamento entre pessoas do mesmo sexo. A iniciativa define que as altrerações no regime de acesso ao casamento não se repercutem no que concerne à adopção. Por isso, o diploma vai dispor de uma "disposição legal expressa" para proibir a adopção aos novos casais." (Público, 17/12/2009)
Não estou a pensar casar com um homem, mas, parece-me que faz sentido que, um casal homossexual, que quer casar, possa casar. Estão no seu direito.
Daí que aqui seja notícia que hoje "o Governo aprova hoje a proposta de casamento entre pessoas do mesmo sexo. A iniciativa define que as altrerações no regime de acesso ao casamento não se repercutem no que concerne à adopção. Por isso, o diploma vai dispor de uma "disposição legal expressa" para proibir a adopção aos novos casais." (Público, 17/12/2009)
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
E que seja permitido o casamento homossexual em Portugal
A sociedade civil tem pedido que isso se faça, de vários quadrantes políticos, culturais, etc. há muitas pessoas interessadas, por que há muitas pessoas, homossexuais e lésbicas que têm interesse no casamento, que se mexa na Constituição e que se permita, a quem quiser, casar, dar visibilidade a um acto legal.
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
terça-feira, 24 de novembro de 2009
O meu relato de vida nas testemunhas de jeová e a nova vida feliz que vivo agora
Muitos dos relatos de vida, do meu inclusive, começam assim…era uma vez…não, não é assim.
É antes assim, nasci em 1968, no mês 10, a minha mãe tornou-se estudante das testemunhas de Jeová logo após a morte do meu pai (em 1974/1975). Isto aconteceu através do testemunho de uma prima indirecta que lhe transmitiu que “poderia voltar a ver o marido na ressurreição”. Isto parece uma história infantil, mas de facto, foi o início de uma história de terror que me envolveu a mim. O que aconteceu, é que eu sem ter escolha, fui sendo educada como testemunha de Jeová. Sem perceber o que estava a acontecer! Sinais do meu pai nunca vi! Foram longos anos de calvário, digo-me agora à distância de um passado que aconteceu…estudei a bíblia através da presença assídua em reuniões particulares na casa que gentilmente a minha mãe ofertava…é de muitas memórias quase fantasiosas que é feito o meu passado desse tempo, os comentários quase metafóricos, a culpa e o julgamento sempre presentes, éramos, eu e a minha mãe, as duas que limpávamos os destroços da passagem das quase 20 pessoas que acolhíamos em nossa casa; às 5ª feiras, para uma hora de estudo do livro. Pessoas humildes, grande parte delas, pessoas sozinhas de corpo e alma, pessoas que viviam numa pobreza espiritual e que repetiam os padrões dos vários medos. Fui baptizada em 1984 pelas testemunhas de Jeová. Assumia assim um compromisso pesado. Sentia-o eu. A organização em que nos faziam sentir permanentemente a culpa, o pecado, a submissão. A leitura só por si do livro Revelação fazia-me literalmente pesadelos.
Passei por duas comissões judicativas. Com três homens a fazerem-me perguntas íntimas, pormenorizadas. Sinto hoje, já na altura perscrutava nos seus rostos, que tinham um prazer sádico e orgástico em saber pormenores da minha vida íntima, isto tudo com o consentimento da minha mãe, já que eu era menor. A certa altura, admiti coisas só…por que estava exasperada, esgotada. Continuei a acreditar no segredo do meu coração na verdade do que tinha vivido. Fui expulsa por algo que não tinha feito. Tive de aceitar. Sujeitar-me, mas seria a última vez.. sentia raiva. Acho que só não me dissociei mas cedo por causa da minha mãe. Sabia as consequências que iria ter. não me enganei. Fizeram tudo para que ela se divorciasse do meu padrasto, isto mais tarde. O que aconteceu. E depois, a dita organização, largou-a da mão. Quis ser readmitida para me dissociar. Foi um acto pensado. Minuciosamente, pensado. Portei-me bem e como me tinha portado bem, sabia que iria entrar. E entrei. Fui aplaudida. E adorei ser aplaudida. Tinha de ser eu a dizer a palavra final. E a palavra final do meu coração dizia: não podia fazer parte de uma organização paternalista, feita por homens arrogantes que violam o direito principal da vida: a consciência.
Quase me lembro como se fosse hoje, lembro-me de tudo, o passado…o ter medo de amar e de ser amada…
e o presente, é ambicioso, cada dia é uma descoberta maravilhosa. Continuo a ser a pessoa boa que um dia nasceu do amor entre um homem e uma mulher, continuo a acreditar no amor e que há de facto, um paraíso aqui e agora que construímos com as nossas acções.
Não sei se deus existe, por vezes existe, por vezes não existe, não é uma questão que me preocupe.
Acredito no que sinto.
Acredito que o meu coração fala verdade.
Este também podia ser um relato da estagnação…mas, é de facto, é o relato do rompimento dos grilhões que nos acorrentaram ao medo. De facto, as testemunhas de Jeová não se dão conta de que estão presas no fundo da caverna de Platão, vivendo as sombras com se da realidade se tratasse.
Este é o meu relato, este é o meu relato de vida, de uma longa passagem pelas testemunhas de Jeová,
Felizmente, a história de terror terminou, eu há alguns anos que me dissociei da dita organização e a minha mãe mais recentemente, também se afastou, de assistir às reuniões e de conviver com os ditos “irmãos”.
Tem sido uma vitória cada passo.
Tem sido uma celebração voltar a receber os Parabéns pelo meu aniversário e dar uma prenda especial pelo Natal à minha mãe, uma casa iluminada com luzes a piscar e um pinheiro de natal. Sinto que fomos acometidas de um vírus de que nos conseguimos livrar, curar…dou graças à Natureza por continuar a estar viva, eu e a minha mãe, individualmente, e termos compreendido que a paz de espírito, que, o “caminho de deus para a vida" individual de cada uma continua, com ou sem deus por perto.
Abro a bíblia, há imenso tempo que não faço este gesto, à procura de um texto, encontro filipenses 4:7 “e a paz de deus, que excede todo o pensamento, guardará os vosso corações e as vossas faculdades mentais”. É, de facto, o que tem acontecido neste últimos anos.
Há um passado que não se apaga, mas com o tempo, fui aceitando, passo a passo, a nova vida que hoje eu vivo. Consciente dos medos que me prendiam a crenças que me aprisionavam a minha vida, em todos os sentidos.
Os pesadelos findaram e a vida acontece em cada dia.
Descubro-me e descubro que a vida flui comigo e eu sorrio abertamente.
É antes assim, nasci em 1968, no mês 10, a minha mãe tornou-se estudante das testemunhas de Jeová logo após a morte do meu pai (em 1974/1975). Isto aconteceu através do testemunho de uma prima indirecta que lhe transmitiu que “poderia voltar a ver o marido na ressurreição”. Isto parece uma história infantil, mas de facto, foi o início de uma história de terror que me envolveu a mim. O que aconteceu, é que eu sem ter escolha, fui sendo educada como testemunha de Jeová. Sem perceber o que estava a acontecer! Sinais do meu pai nunca vi! Foram longos anos de calvário, digo-me agora à distância de um passado que aconteceu…estudei a bíblia através da presença assídua em reuniões particulares na casa que gentilmente a minha mãe ofertava…é de muitas memórias quase fantasiosas que é feito o meu passado desse tempo, os comentários quase metafóricos, a culpa e o julgamento sempre presentes, éramos, eu e a minha mãe, as duas que limpávamos os destroços da passagem das quase 20 pessoas que acolhíamos em nossa casa; às 5ª feiras, para uma hora de estudo do livro. Pessoas humildes, grande parte delas, pessoas sozinhas de corpo e alma, pessoas que viviam numa pobreza espiritual e que repetiam os padrões dos vários medos. Fui baptizada em 1984 pelas testemunhas de Jeová. Assumia assim um compromisso pesado. Sentia-o eu. A organização em que nos faziam sentir permanentemente a culpa, o pecado, a submissão. A leitura só por si do livro Revelação fazia-me literalmente pesadelos.
Passei por duas comissões judicativas. Com três homens a fazerem-me perguntas íntimas, pormenorizadas. Sinto hoje, já na altura perscrutava nos seus rostos, que tinham um prazer sádico e orgástico em saber pormenores da minha vida íntima, isto tudo com o consentimento da minha mãe, já que eu era menor. A certa altura, admiti coisas só…por que estava exasperada, esgotada. Continuei a acreditar no segredo do meu coração na verdade do que tinha vivido. Fui expulsa por algo que não tinha feito. Tive de aceitar. Sujeitar-me, mas seria a última vez.. sentia raiva. Acho que só não me dissociei mas cedo por causa da minha mãe. Sabia as consequências que iria ter. não me enganei. Fizeram tudo para que ela se divorciasse do meu padrasto, isto mais tarde. O que aconteceu. E depois, a dita organização, largou-a da mão. Quis ser readmitida para me dissociar. Foi um acto pensado. Minuciosamente, pensado. Portei-me bem e como me tinha portado bem, sabia que iria entrar. E entrei. Fui aplaudida. E adorei ser aplaudida. Tinha de ser eu a dizer a palavra final. E a palavra final do meu coração dizia: não podia fazer parte de uma organização paternalista, feita por homens arrogantes que violam o direito principal da vida: a consciência.
Quase me lembro como se fosse hoje, lembro-me de tudo, o passado…o ter medo de amar e de ser amada…
e o presente, é ambicioso, cada dia é uma descoberta maravilhosa. Continuo a ser a pessoa boa que um dia nasceu do amor entre um homem e uma mulher, continuo a acreditar no amor e que há de facto, um paraíso aqui e agora que construímos com as nossas acções.
Não sei se deus existe, por vezes existe, por vezes não existe, não é uma questão que me preocupe.
Acredito no que sinto.
Acredito que o meu coração fala verdade.
Este também podia ser um relato da estagnação…mas, é de facto, é o relato do rompimento dos grilhões que nos acorrentaram ao medo. De facto, as testemunhas de Jeová não se dão conta de que estão presas no fundo da caverna de Platão, vivendo as sombras com se da realidade se tratasse.
Este é o meu relato, este é o meu relato de vida, de uma longa passagem pelas testemunhas de Jeová,
Felizmente, a história de terror terminou, eu há alguns anos que me dissociei da dita organização e a minha mãe mais recentemente, também se afastou, de assistir às reuniões e de conviver com os ditos “irmãos”.
Tem sido uma vitória cada passo.
Tem sido uma celebração voltar a receber os Parabéns pelo meu aniversário e dar uma prenda especial pelo Natal à minha mãe, uma casa iluminada com luzes a piscar e um pinheiro de natal. Sinto que fomos acometidas de um vírus de que nos conseguimos livrar, curar…dou graças à Natureza por continuar a estar viva, eu e a minha mãe, individualmente, e termos compreendido que a paz de espírito, que, o “caminho de deus para a vida" individual de cada uma continua, com ou sem deus por perto.
Abro a bíblia, há imenso tempo que não faço este gesto, à procura de um texto, encontro filipenses 4:7 “e a paz de deus, que excede todo o pensamento, guardará os vosso corações e as vossas faculdades mentais”. É, de facto, o que tem acontecido neste últimos anos.
Há um passado que não se apaga, mas com o tempo, fui aceitando, passo a passo, a nova vida que hoje eu vivo. Consciente dos medos que me prendiam a crenças que me aprisionavam a minha vida, em todos os sentidos.
Os pesadelos findaram e a vida acontece em cada dia.
Descubro-me e descubro que a vida flui comigo e eu sorrio abertamente.
Relato de vida de ex-testemunha de jeová em Portugal. Obrigada!
Nasci, mês 8 de 1975, no seio de uma família Testemunha de Jeová (aqui designadas por TJ).
Acreditei piamente naquela "fé", o que era normal devido a toda a envolvência que tive desde o berço.
Cresci e progredi no que se chama, e auto-intitula de "organização" e esta, a "Watch Tower" (Torre de Vigia) sede/mãe das TJ em Brooklyn, Nova Iorque, ...
Texto integral em
http://cosmeticas.org/30248.html
Acreditei piamente naquela "fé", o que era normal devido a toda a envolvência que tive desde o berço.
Cresci e progredi no que se chama, e auto-intitula de "organização" e esta, a "Watch Tower" (Torre de Vigia) sede/mãe das TJ em Brooklyn, Nova Iorque, ...
Texto integral em
http://cosmeticas.org/30248.html
Filme: To Verdener (2008)
To Verdener - em Espanhol: Mundos à Parte - é um filme dinamarquês, dramático, que narra a história de uma jovem criada numa família de Testemunhas de Jeová e que passa por uma período de extrema crise emocional devido à escolha entre a religião e a consumação de um namoro com um descrente.
A jovem do filme, chamada Sara, conhece o namorado, de nome Teis, numa festa em que foi convidada por uma de suas amigas da religião. Ela perde o trem que a levaria de volta à casa e acaba dormindo na casa de Teis, onde o romance ganha forças, mas nada de mais íntimo acontece entre eles.
Depois de descoberto o namoro, Sara participa de "Comissões Judicativas" nas Testemunhas de Jeová, onde acaba por ser "desassociada" (deixa de ser reconhecida como Testemunha de Jeová) da religião. O drama acaba por Sara terminando com Teis e se tornando atéia.
É baseado em fatos reais.
Site oficial http://www.tover.dener.dk/
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
No Brasil: "Ministério Público" acata denúncia contra a desassociação das Testemunhas de Jeová!
Como se sentiria se a partir de amanhã seus amigos cortassem relações com você e não mais lhe cumprimentassem, caso te encontrassem na rua, no trabalho ou em qualquer outro lugar? Com certeza faria o possível para evitar essa situação vexatória. O mais grave seria quando parentes diretos, incluso sua mãe, seu pai, irmãos ou filhos limitassem o contato apenas a assuntos domésticos. Pior ainda se você não tivesse feito absolutamente nada que os prejudicassem. Humilhante, não? Pois é essa a situação de uma pessoa quando é desassociada ou pede dissociação da igreja Testemunhas de Jeová.*
Os cearenses, apesar de ser um povo sofrido, têm mostrado, ao longo da história, que não toleram injustiça. Por esta razão, em março de 2009, foi denunciado a desassociação, da Igreja Testemunhas de Jeová, a partir de um artigo em diversas mídias do Estado e do Brasil, com o tema: Quem Tem Autoridade Para excomungar?, Porém, agora, a denúncia chegou ao “Ministério Público” e foi acatada como uma suposta “discriminação religiosa”. A síntese da denúncia está relacionada com o rompimento de laços entre associados e desassociados e por não haver a liberdade para quem almeja se dissociar da crença.
Em um congresso realizado neste ano, pela referida organização religiosa, foi lançado um livro intitulado: Mantenha-se no Amor de Deus, no qual um tópico salienta como tratar uma pessoa desassociada. De acordo com o que está transcrito: “Não nos associamos com desassociados, quer para atividades espirituais, quer sociais. Um simples “oi” dito a alguém pode ser o primeiro passo para uma conversa ou mesmo para amizade. Queremos dar este primeiro passo com alguém desassociado?” Até o ano de 1980, as pessoas tinham o livre arbítrio para se dissociarem da crença, sem correr nenhum risco de perseguição, no entanto, a partir do ano seguinte, arbitrariamente, as pessoas dissociadas passaram a ser colocadas na mesma categoria das desassociadas, ou seja, os associados não podem mais saudar um amigo com um simples “oi”, para não gerar uma má influência.
A morte civil na Idade Média foi aplicada por muitos anos no Brasil. O réu ficava a sua própria sorte não podendo participar de nenhum ato da sociedade. Mas, será que a morte civil pode ser comparada com a desassociação? Embora eu não seja jurista, em minha humilde compreensão é perfeitamente associável, na medida em que um ser humano é julgado e expulso, por ter cometido um pecado, ou porque deixou de acreditar nos dogmas da religião, passando a ser tratado persecutoriamente, a ponto de não mais ser permitido que lhe seja dirigido nenhum tipo de cumprimento. Entretanto, não significa somente a exclusão de um meio social, mas, a própria morte civil. Para os que perderam entes queridos e amigos que cultivaram durante décadas, o caso pode ser ainda mais grave, acarretando as chamadas doenças sociais, que envolvem as depressões e uso de drogas, entre outras. Perante tanto terrorismo psicológico, seria compreensível que muitos desistam de se dissociarem, como certo jovem relatou: “Desde que deixei de freqüentar as reuniões congregacionais, os anciãos me pressionam a pedir a minha dissociação, e o pior é que a minha própria mãe vem me alertando diariamente que, se eu abandonar a crença, me terá como um deserdado da família, e me colocará para o olho da rua”. Uma pergunta: De quem é a culpa por esta implacável perseguição? Em primeiro lugar recai, sobre a liderança no Brasil reconhecida pela a Associação das Testemunhas Cristãs de Jeová. Em segundo plano, os anciãos congregacionais, consignados, carregam a meia-culpa, pelo fato de serem eles que expulsam o “errante”. Vale lembrar que domingo, 20/09/2009, houve uma manifestação no Rio de Janeiro, em Copacabana, contra intolerâncias religiosas.
Cristo, certa vez, disse aos seus discípulos que enquanto os mestres da lei e os fariseus amarravam cargas pesadas aos ombros dos outros, não estavam dispostos a moverem com um dedo ou fazerem qualquer tipo de sacrifício pelo seu povo. Há quem diga que a desassociação é uma das cargas mais pesadas, pois, todos pagam um preço altíssimo para carregá-la, sejam desassociados, dissociados ou associados. O filme dinamarquês, intitulado To Verdener, Mundos Separados, relata a história real de uma família de testemunhas de Jeová que foi dividida literalmente, pela desassociação.
No decorrer da história, muitos que detiveram o poder em suas mãos, seja de cunho político, filosófico ou religioso, perderam a racionalidade, deixando um triste legado para a humanidade. Um dos reis mais sábios, Salomão, certa vez disse que, durante todo o tempo em que ele viveu debaixo do sol, homem tem dominado homem para seu prejuízo. Infelizmente, embora vivamos no século XXI, essas palavras soam muito mais forte. É preciso que os líderes das testemunhas de Jeová reconheçam que o Deus dos céus continua sendo o Único Legislador e Juiz de toda a terra, e que não transferiu o seu poder para seres humanos imperfeitos julgarem o seu próximo de uma forma tão brutal.
Quanto à investigação processual sobre a desassociação, cuja tramitação já se iniciou no Ministério Público, alguns supõem que é possível, além da presumível “discriminação religiosa”, uma violação da declaração universal sobre diversidade religiosa e direitos humanos, especificamente, no artigo XVIII, pela Igreja Testemunhas de Jeová. É elogiável que a Comissão de Direitos Humanos, da Câmara Municipal de Fortaleza, e da Assembléia Legislativa do Ceará, comecem a se mobilizar no acompanhamento dos trâmites jurídicos do referido processo. Assim, quem sabe se as entidades representativas dos direitos humanos, em uníssono, com o Ministério Público e a justiça, não venham a constituir um ordenamento jurídico, e, por sua vez, uma jurisprudência para que sejam anistiados todos os que sofrem por conta da desassociação? Uma questão é certa: ninguém discorda que a denúncia é séria e o caso inspira cuidados! Não é por nada que brasileiros e pessoas no mundo inteiro vivem em tratamentos psiquiátricos. Concluindo o assunto, retorno a perguntar: as autoridades estão dispostas a ouvir esta sub-parcela da sociedade que clama por socorro às escondidas?
* Desassociados: pessoas que são expulsas; dissociados: os que saem voluntariamente; associados: são os que permanecem na religião.
Sebastião Ramos. Funcionário público federal na UFC
21/09/2009
Os cearenses, apesar de ser um povo sofrido, têm mostrado, ao longo da história, que não toleram injustiça. Por esta razão, em março de 2009, foi denunciado a desassociação, da Igreja Testemunhas de Jeová, a partir de um artigo em diversas mídias do Estado e do Brasil, com o tema: Quem Tem Autoridade Para excomungar?, Porém, agora, a denúncia chegou ao “Ministério Público” e foi acatada como uma suposta “discriminação religiosa”. A síntese da denúncia está relacionada com o rompimento de laços entre associados e desassociados e por não haver a liberdade para quem almeja se dissociar da crença.
Em um congresso realizado neste ano, pela referida organização religiosa, foi lançado um livro intitulado: Mantenha-se no Amor de Deus, no qual um tópico salienta como tratar uma pessoa desassociada. De acordo com o que está transcrito: “Não nos associamos com desassociados, quer para atividades espirituais, quer sociais. Um simples “oi” dito a alguém pode ser o primeiro passo para uma conversa ou mesmo para amizade. Queremos dar este primeiro passo com alguém desassociado?” Até o ano de 1980, as pessoas tinham o livre arbítrio para se dissociarem da crença, sem correr nenhum risco de perseguição, no entanto, a partir do ano seguinte, arbitrariamente, as pessoas dissociadas passaram a ser colocadas na mesma categoria das desassociadas, ou seja, os associados não podem mais saudar um amigo com um simples “oi”, para não gerar uma má influência.
A morte civil na Idade Média foi aplicada por muitos anos no Brasil. O réu ficava a sua própria sorte não podendo participar de nenhum ato da sociedade. Mas, será que a morte civil pode ser comparada com a desassociação? Embora eu não seja jurista, em minha humilde compreensão é perfeitamente associável, na medida em que um ser humano é julgado e expulso, por ter cometido um pecado, ou porque deixou de acreditar nos dogmas da religião, passando a ser tratado persecutoriamente, a ponto de não mais ser permitido que lhe seja dirigido nenhum tipo de cumprimento. Entretanto, não significa somente a exclusão de um meio social, mas, a própria morte civil. Para os que perderam entes queridos e amigos que cultivaram durante décadas, o caso pode ser ainda mais grave, acarretando as chamadas doenças sociais, que envolvem as depressões e uso de drogas, entre outras. Perante tanto terrorismo psicológico, seria compreensível que muitos desistam de se dissociarem, como certo jovem relatou: “Desde que deixei de freqüentar as reuniões congregacionais, os anciãos me pressionam a pedir a minha dissociação, e o pior é que a minha própria mãe vem me alertando diariamente que, se eu abandonar a crença, me terá como um deserdado da família, e me colocará para o olho da rua”. Uma pergunta: De quem é a culpa por esta implacável perseguição? Em primeiro lugar recai, sobre a liderança no Brasil reconhecida pela a Associação das Testemunhas Cristãs de Jeová. Em segundo plano, os anciãos congregacionais, consignados, carregam a meia-culpa, pelo fato de serem eles que expulsam o “errante”. Vale lembrar que domingo, 20/09/2009, houve uma manifestação no Rio de Janeiro, em Copacabana, contra intolerâncias religiosas.
Cristo, certa vez, disse aos seus discípulos que enquanto os mestres da lei e os fariseus amarravam cargas pesadas aos ombros dos outros, não estavam dispostos a moverem com um dedo ou fazerem qualquer tipo de sacrifício pelo seu povo. Há quem diga que a desassociação é uma das cargas mais pesadas, pois, todos pagam um preço altíssimo para carregá-la, sejam desassociados, dissociados ou associados. O filme dinamarquês, intitulado To Verdener, Mundos Separados, relata a história real de uma família de testemunhas de Jeová que foi dividida literalmente, pela desassociação.
No decorrer da história, muitos que detiveram o poder em suas mãos, seja de cunho político, filosófico ou religioso, perderam a racionalidade, deixando um triste legado para a humanidade. Um dos reis mais sábios, Salomão, certa vez disse que, durante todo o tempo em que ele viveu debaixo do sol, homem tem dominado homem para seu prejuízo. Infelizmente, embora vivamos no século XXI, essas palavras soam muito mais forte. É preciso que os líderes das testemunhas de Jeová reconheçam que o Deus dos céus continua sendo o Único Legislador e Juiz de toda a terra, e que não transferiu o seu poder para seres humanos imperfeitos julgarem o seu próximo de uma forma tão brutal.
Quanto à investigação processual sobre a desassociação, cuja tramitação já se iniciou no Ministério Público, alguns supõem que é possível, além da presumível “discriminação religiosa”, uma violação da declaração universal sobre diversidade religiosa e direitos humanos, especificamente, no artigo XVIII, pela Igreja Testemunhas de Jeová. É elogiável que a Comissão de Direitos Humanos, da Câmara Municipal de Fortaleza, e da Assembléia Legislativa do Ceará, comecem a se mobilizar no acompanhamento dos trâmites jurídicos do referido processo. Assim, quem sabe se as entidades representativas dos direitos humanos, em uníssono, com o Ministério Público e a justiça, não venham a constituir um ordenamento jurídico, e, por sua vez, uma jurisprudência para que sejam anistiados todos os que sofrem por conta da desassociação? Uma questão é certa: ninguém discorda que a denúncia é séria e o caso inspira cuidados! Não é por nada que brasileiros e pessoas no mundo inteiro vivem em tratamentos psiquiátricos. Concluindo o assunto, retorno a perguntar: as autoridades estão dispostas a ouvir esta sub-parcela da sociedade que clama por socorro às escondidas?
* Desassociados: pessoas que são expulsas; dissociados: os que saem voluntariamente; associados: são os que permanecem na religião.
Sebastião Ramos. Funcionário público federal na UFC
21/09/2009
Palavra de ordem! Denunciar o terrorismo psicológico feito pelas testemunhas de jeová!
A notícia foi publicada nos órgãos de comunicação social no dia 7 de Outubro.
As testemunhas de Jeová foram reconhecidas oficialmente como comunidade religiosa radicada em Portugal! Existem há 84 anos em Portugal e há 8 anos que aguardavam este estatuto! Assustador!
Isto quer dizer que elas podem, beneficiar do estatuto jurídico-religioso do País! Gravíssimo!
Este estatuto permite-lhes que prestem assistência religiosa nos hospitais públicos, prisões e Forças Armadas e segurança. Estou escandalizada!
“A Lei de Liberdade Religiosa, de 2001, abriu a possibilidade de registar como Pessoas Colectivas Religiosas as comunidades existentes no país, tendo as testemunhas de jeová obtido esse estatuto em 2007”.
Vamos saber quem concedeu este estatuto, quem elevou as testemunhas de Jeová a este patamar.
Saberá a organização que concedeu este estatuto às testemunhas de Jeová dos tribunais judiciais, tribunais de consciência, por que passam aqueles que não obedecem às suas regras?
A verdade é que, as testemunhas de Jeová, nomeadamente, através dos anciãos das chamadas congregações, são em tudo semelhantes aos tribunais da Inquisição, aliás, são os modernos tribunais da inquisição, fazem comissões judicativas onde exploram a consciência dos crentes com o objectivo de os maltratarem, de os humilharem!
Calculo que quem deu o estatuto às testemunhas de Jeová não saiba do terrorismo psicológico, gravíssimo!
Vamos denunciar, por todos os meios as formas de prepotência, pois é de violência da consciência individual que se trata!
Vamos deixar que a verdade fale…a verdade é só uma: amar o próximo como a ti mesmo!
As testemunhas de Jeová foram reconhecidas oficialmente como comunidade religiosa radicada em Portugal! Existem há 84 anos em Portugal e há 8 anos que aguardavam este estatuto! Assustador!
Isto quer dizer que elas podem, beneficiar do estatuto jurídico-religioso do País! Gravíssimo!
Este estatuto permite-lhes que prestem assistência religiosa nos hospitais públicos, prisões e Forças Armadas e segurança. Estou escandalizada!
“A Lei de Liberdade Religiosa, de 2001, abriu a possibilidade de registar como Pessoas Colectivas Religiosas as comunidades existentes no país, tendo as testemunhas de jeová obtido esse estatuto em 2007”.
Vamos saber quem concedeu este estatuto, quem elevou as testemunhas de Jeová a este patamar.
Saberá a organização que concedeu este estatuto às testemunhas de Jeová dos tribunais judiciais, tribunais de consciência, por que passam aqueles que não obedecem às suas regras?
A verdade é que, as testemunhas de Jeová, nomeadamente, através dos anciãos das chamadas congregações, são em tudo semelhantes aos tribunais da Inquisição, aliás, são os modernos tribunais da inquisição, fazem comissões judicativas onde exploram a consciência dos crentes com o objectivo de os maltratarem, de os humilharem!
Calculo que quem deu o estatuto às testemunhas de Jeová não saiba do terrorismo psicológico, gravíssimo!
Vamos denunciar, por todos os meios as formas de prepotência, pois é de violência da consciência individual que se trata!
Vamos deixar que a verdade fale…a verdade é só uma: amar o próximo como a ti mesmo!
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Os testemunhos que nos chegam
São várias as pessoas, homens e mulheres, que nos contactam deixando relatos de experiências, testemunhos sofridos, dolorosos, seus, vividos com tamanha ansiedade, na solidão de uma vivência muito intensa e, por vezes, muito angustiada. São pessoas sinceras, são pessoas que, se aproximaram verdadeiramente do seu Eu pessoal, íntimo e que se abismaram em sentir-se para além de uma uniformização do pensamento ditado por uma rigidez de padrões e práticas que não conduzem a lugar-nenhum.
As pessoas que nos contactam chegam e desabafam.
Procuram iguais.
Procuram um lugar que as acolha.
São pessoas que têm a coragem de saltar de nível. Romperem os grilhões do medo.
Partilham connosco a sua confiança, a Sua verdade interior, o amor.
Estamos muito gratos por podermos ser um bocadinho o ouvido o olho o lugar de alguém que teve a GRANDE coragem de ir mais longe...dentro do seu coração :)
As pessoas que nos contactam chegam e desabafam.
Procuram iguais.
Procuram um lugar que as acolha.
São pessoas que têm a coragem de saltar de nível. Romperem os grilhões do medo.
Partilham connosco a sua confiança, a Sua verdade interior, o amor.
Estamos muito gratos por podermos ser um bocadinho o ouvido o olho o lugar de alguém que teve a GRANDE coragem de ir mais longe...dentro do seu coração :)
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Avançar apesar do medo
"Deter qualquer maré culturalmente incutida requer muita coragem e autoconfiança. A razão pela qual é tão difícil e requer tal força é o facto de a maioria de nós ter sido educada(o) para ter medo de estar enganada(o) ou cometer um erro".
É por isso que é tão mais fácil transferir a responsabilidade da nossa vida para uma religião em vez de a assumirmos nós mesma(o)s.
Mas, em última análise, as recompensas por confiar em si e saber que tem a capacidade de fazer atender as suas necessidades são muito mais satisfatórias que qualquer alívio fugaz que surge de se furtar à responsabilidade e transferi-la para uma religião.
A citação foi feita do livro "Corpo de Mulher Sabedoria de Mulher" de Northerup, Christiane, Edição do Público, Volume II, Sinais de Fogo, 2004.
É por isso que é tão mais fácil transferir a responsabilidade da nossa vida para uma religião em vez de a assumirmos nós mesma(o)s.
Mas, em última análise, as recompensas por confiar em si e saber que tem a capacidade de fazer atender as suas necessidades são muito mais satisfatórias que qualquer alívio fugaz que surge de se furtar à responsabilidade e transferi-la para uma religião.
A citação foi feita do livro "Corpo de Mulher Sabedoria de Mulher" de Northerup, Christiane, Edição do Público, Volume II, Sinais de Fogo, 2004.
Libertar a dor e encontrar o amor de que somos feitos
Todos precisamos libertar a dor que cada um carrega na sua existência.
É preciso tomarmos consciência da dor ou dores provocadas pelas religiões onde estivemos envolvidos.
É preciso ir ao fundo da nossa existência.
Darmo-nos tempo e carinho, e muito amor para que o normal funcionamento seja restabelecido.
É possível viver em paz.
É possível recuperar o amor-próprio que tem estado sempre à disposição de cada um, na natureza que nos une, no coração individual, no amor universal que existe em cada um de nós.
É preciso tomarmos consciência da dor ou dores provocadas pelas religiões onde estivemos envolvidos.
É preciso ir ao fundo da nossa existência.
Darmo-nos tempo e carinho, e muito amor para que o normal funcionamento seja restabelecido.
É possível viver em paz.
É possível recuperar o amor-próprio que tem estado sempre à disposição de cada um, na natureza que nos une, no coração individual, no amor universal que existe em cada um de nós.
sábado, 14 de novembro de 2009
Religião e Espiritualidade
Muitos homens e "muitas mulheres, frequentemente, levam vários anos para ultrapassar o abuso religioso a que foram sujeitos, particularmente se foram vítimas de cultos organizados e religiões patriarcais. Deus foi retratado com sendo um ser vingativo, severo, impossível de ser compreendido e conhecido pela capacidade humana, e assim não admira que estar zangado com Deus e lutar com o conceito de "poder superior" ou "sabedoria interior" seja uma realidade para tantos.
(...)
Durante séculos a nossa cultura tem tentado controlar a nossa espiritualidade inerente através da religião. Apesar de algumas mulheres conseguirem aceder à sua espiritualidade através de religiões organizadas, demasiadas religiões contam com dogmas estáticos e regras que servem para nos separar da nossa espiritualidade diária. A espiritualidade está em fluxo e em constante mutação. Apesar de ser claro que a maioria das religiões se baseia originalmente nas perspectivas espirituais imediatas e profundas dos seus fundadores, a maioria das religiões organizadas actuais falta-lhes flexibilidade e a constante evolução necessária, para estarem verdadeiramente ligadas espiritualmente.
Em parte como resposta a tantos anos de religiões de base masculina, muitas mulheres de hoje são atraídas à veneração de deusas. Como mulheres, precisamos de "uma imagem afirmativa de poder e beleza como foco para oração e meditação". Tendo inteorizado um Deus masculino, podemos agora encontrar o tão desejado equilíbrio nas imagens das deusas que começam a surgir.
Independentemente do que acredita sobre espiritualidade, é importante inserir alguns elementos sagrados na sua vida diária".
Retirado texto e algumas adaptações de Northrup, Christiane, Corpo de Mulher Sabedoria de Mulher, Sinais de Fogo, Coleccção do Público, Volume II, Março de 2004.
(...)
Durante séculos a nossa cultura tem tentado controlar a nossa espiritualidade inerente através da religião. Apesar de algumas mulheres conseguirem aceder à sua espiritualidade através de religiões organizadas, demasiadas religiões contam com dogmas estáticos e regras que servem para nos separar da nossa espiritualidade diária. A espiritualidade está em fluxo e em constante mutação. Apesar de ser claro que a maioria das religiões se baseia originalmente nas perspectivas espirituais imediatas e profundas dos seus fundadores, a maioria das religiões organizadas actuais falta-lhes flexibilidade e a constante evolução necessária, para estarem verdadeiramente ligadas espiritualmente.
Em parte como resposta a tantos anos de religiões de base masculina, muitas mulheres de hoje são atraídas à veneração de deusas. Como mulheres, precisamos de "uma imagem afirmativa de poder e beleza como foco para oração e meditação". Tendo inteorizado um Deus masculino, podemos agora encontrar o tão desejado equilíbrio nas imagens das deusas que começam a surgir.
Independentemente do que acredita sobre espiritualidade, é importante inserir alguns elementos sagrados na sua vida diária".
Retirado texto e algumas adaptações de Northrup, Christiane, Corpo de Mulher Sabedoria de Mulher, Sinais de Fogo, Coleccção do Público, Volume II, Março de 2004.
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
recordando a queda do muro de berlim
http://www.publico.clix.pt/Mundo/foi-walesa-a-derrubar-sozinho-o-domino-gigante-na-festa-da-liberdade_1409093
20 anos depois, a liberdade do povo alemão ganha outra dimensão.
20 anos depois, o dominó caí, as pessoas têm procurado reconstruir a liberdade.
não esqueçamos, 20 anos depois, a liberdade agora que se reconstrói com o tempo;
façamos, pois, continuamente, das diferenças, as pontes que nos unem.
20 anos depois, a liberdade do povo alemão ganha outra dimensão.
20 anos depois, o dominó caí, as pessoas têm procurado reconstruir a liberdade.
não esqueçamos, 20 anos depois, a liberdade agora que se reconstrói com o tempo;
façamos, pois, continuamente, das diferenças, as pontes que nos unem.
a consciência não se referenda
a propósito do que aí pode vir.
a consciência não se referenda!
o que alguns (não interessa entrar em pormenores de nomes) querem é ganhar tempo (para que se perca tempo) com uma hipótese de referendo sobre os casamentos homossexuais.
não vamos entrar nessa!
TOD@s sabemos que a única escolha verdadeira é a da consciência individual.
já tod@s sabemos que a escolha de parceir@ é uma questão individual e que não há que criar ondas. quem quer casar, casa. quem não quer casar, pois, que fique solteir@!
sejam felizes! da forma e do modo que melhor souberem!
a consciência não se referenda!
o que alguns (não interessa entrar em pormenores de nomes) querem é ganhar tempo (para que se perca tempo) com uma hipótese de referendo sobre os casamentos homossexuais.
não vamos entrar nessa!
TOD@s sabemos que a única escolha verdadeira é a da consciência individual.
já tod@s sabemos que a escolha de parceir@ é uma questão individual e que não há que criar ondas. quem quer casar, casa. quem não quer casar, pois, que fique solteir@!
sejam felizes! da forma e do modo que melhor souberem!
A Conquista da Felicidade: Os Contributos da Sabedoria Antiga e da Ciência Moderna, de Jonathan Haidt
A ciência da felicidade
(...)
Fundamentalmente, a felicidade consiste na entrega activa a projectos com valor objectivo.
(...)
Na verdade, este livro fornece uma importante pista para uma explicação evolucionista das religiões: se as religiões captam verdades psicológicas importantes sobre a felicidade, ainda que parcialmente, e com muitas falsidades à mistura, como é natural nas coisas humanas, então não é de espantar que exerçam um apelo tão grande sobre tantas pessoas (apesar de 16% da população mundial se declarar não religiosa).
O segundo capítulo, "Mudar de Ideias", explora a importância de saber interpretar correctamente o mundo e nós mesmos. Parte da infelicidade resulta de modos errados de interpretar as coisas, e é por isso que a chamada psicologia cognitiva tem bastante sucesso, nomeadamente no combate a certos tipos de depressão. O que se passa é que em certas situações nos tornamos infelizes porque entramos numa espiral autodestrutiva de pensamentos subtilmente errados sobre nós mesmos e os outros — pensamentos que nos deprimem cada vez mais. Conseguir "apanhar" e neutralizar esses pensamentos, reconhecendo que são pura e simplesmente exageros e interpretações erradas das coisas, é um passo fundamental para a felicidade.
Outro elemento fundamental para a felicidade é a reciprocidade, que o autor explora no terceiro capítulo. Como muitas outras espécies, os seres humanos são gregários e ter laços de confiança e amizade com outras pessoas é uma parte importante da felicidade. Todos temos também intuitivamente uma imagem muito ampliada de nós mesmos — somos os mais espertos da faculdade, os vizinhos com mais civilidade, os amigos mais leais e os colegas mais profissionais. Evidentemente, isto é treta. E em certos casos pode ser uma treta que nos faz infelizes porque nos obriga a autênticas acrobacias interpretativas para negar a realidade — que agimos mal, que há pessoas melhores do que nós, que nem sempre estamos à altura dos padrões que nós mesmos defendemos. A vaidade faz-nos infelizes e o realismo sobre nós mesmos ajuda-nos a viver de forma descontraída e sem ansiedades.
O aspecto objectivista da felicidade será um dos mais surpreendentes para o leitor comum. Vivemos numa era voltada para a vida privada e subjectiva, erigida em valor absoluto. Contudo, o autor defende que esta é uma ilusão contemporânea: sem preocupações mais alargadas, que ultrapassem as fronteiras imediatas do eu, da família e dos amigos mais próximos, dificilmente se pode ser genuinamente feliz. A felicidade, afinal, não vem realmente toda de dentro — vem também da entrega ao mundo. E, mais surpreendente ainda, a virtude — agir correctamente e não de forma egoísta ou interesseira ou amoral — é também um dos elementos fundamentais da felicidade. Afinal, uma das rotas para a felicidade é procurar contribuir genuinamente para a felicidade dos outros.
Desidério Murcho
Originalmente publicado no jornal Público (18 de Março de 2007)
Retiradas partes de http://criticanarede.com/html/lds_happiness.html
(...)
Fundamentalmente, a felicidade consiste na entrega activa a projectos com valor objectivo.
(...)
Na verdade, este livro fornece uma importante pista para uma explicação evolucionista das religiões: se as religiões captam verdades psicológicas importantes sobre a felicidade, ainda que parcialmente, e com muitas falsidades à mistura, como é natural nas coisas humanas, então não é de espantar que exerçam um apelo tão grande sobre tantas pessoas (apesar de 16% da população mundial se declarar não religiosa).
O segundo capítulo, "Mudar de Ideias", explora a importância de saber interpretar correctamente o mundo e nós mesmos. Parte da infelicidade resulta de modos errados de interpretar as coisas, e é por isso que a chamada psicologia cognitiva tem bastante sucesso, nomeadamente no combate a certos tipos de depressão. O que se passa é que em certas situações nos tornamos infelizes porque entramos numa espiral autodestrutiva de pensamentos subtilmente errados sobre nós mesmos e os outros — pensamentos que nos deprimem cada vez mais. Conseguir "apanhar" e neutralizar esses pensamentos, reconhecendo que são pura e simplesmente exageros e interpretações erradas das coisas, é um passo fundamental para a felicidade.
Outro elemento fundamental para a felicidade é a reciprocidade, que o autor explora no terceiro capítulo. Como muitas outras espécies, os seres humanos são gregários e ter laços de confiança e amizade com outras pessoas é uma parte importante da felicidade. Todos temos também intuitivamente uma imagem muito ampliada de nós mesmos — somos os mais espertos da faculdade, os vizinhos com mais civilidade, os amigos mais leais e os colegas mais profissionais. Evidentemente, isto é treta. E em certos casos pode ser uma treta que nos faz infelizes porque nos obriga a autênticas acrobacias interpretativas para negar a realidade — que agimos mal, que há pessoas melhores do que nós, que nem sempre estamos à altura dos padrões que nós mesmos defendemos. A vaidade faz-nos infelizes e o realismo sobre nós mesmos ajuda-nos a viver de forma descontraída e sem ansiedades.
O aspecto objectivista da felicidade será um dos mais surpreendentes para o leitor comum. Vivemos numa era voltada para a vida privada e subjectiva, erigida em valor absoluto. Contudo, o autor defende que esta é uma ilusão contemporânea: sem preocupações mais alargadas, que ultrapassem as fronteiras imediatas do eu, da família e dos amigos mais próximos, dificilmente se pode ser genuinamente feliz. A felicidade, afinal, não vem realmente toda de dentro — vem também da entrega ao mundo. E, mais surpreendente ainda, a virtude — agir correctamente e não de forma egoísta ou interesseira ou amoral — é também um dos elementos fundamentais da felicidade. Afinal, uma das rotas para a felicidade é procurar contribuir genuinamente para a felicidade dos outros.
Desidério Murcho
Originalmente publicado no jornal Público (18 de Março de 2007)
Retiradas partes de http://criticanarede.com/html/lds_happiness.html
domingo, 1 de novembro de 2009
a liberdade individual
Não sei se Deus existe. Não sei se Deus, a existir, se dará ao trabalho de ler esta mensagem.
Sei que estou viva.
Sei que amo.
Sei que a felicidade é um lugar que existe dentro da vida.
Sei que a liberdade é um lugar de consciência, individual, que se cultiva a cada momento que se busca perceber o que "eu sou" e "o que faço aqui", e "para onde vou".
Sinto no meu corpo a liberdade de quem sou.
Sinto no meu corpo a consciência de quem vou sendo.
Presente.
Não sei se Deus existe.
Sei que estou aqui.
Respiro.
Sei o amor.
Sei a liberdade.
Sinto que viver o amor é viver em liberdade.
Sinto que viver em liberdade significa ser feliz.
Sei que estou viva.
Sei que amo.
Sei que a felicidade é um lugar que existe dentro da vida.
Sei que a liberdade é um lugar de consciência, individual, que se cultiva a cada momento que se busca perceber o que "eu sou" e "o que faço aqui", e "para onde vou".
Sinto no meu corpo a liberdade de quem sou.
Sinto no meu corpo a consciência de quem vou sendo.
Presente.
Não sei se Deus existe.
Sei que estou aqui.
Respiro.
Sei o amor.
Sei a liberdade.
Sinto que viver o amor é viver em liberdade.
Sinto que viver em liberdade significa ser feliz.
domingo, 4 de outubro de 2009
mudamos de morada
o site http://intervencaosocial-glbtex-tj.com/ criado em Março de 2006 deu lugar a este presente blog.
Sejam tod@s bem-vindos!
Sejam tod@s bem-vindos!
Quem somos?
Somos um espaço de encontro em construção de ex-Testemunhas de Jeová e Testemunhas de Jeová em Portugal que querem viver a sua sexualidade e o seu amor em liberdade.
Pretendemos ser um espaço de encontro e de partilha de experiências de todos aqueles que sintam necessidade de partilhar as suas experiências.
Pretendemos ser um espaço de encontro e de partilha de experiências de todos aqueles que sintam necessidade de partilhar as suas experiências.
O que fazemos?
Pretendemos ser um grupo diverso de homossexuais, lésbicas, bissexuais, transexuais Testemunhas de Jeová e ex-Testemunhas de Jeová que querem e vivem de forma livre a sua sexualidade.
Também, são muito bem-vindos, aqueles que sejam de outras religiões e que estejam nas mesmas condições descritas anteriormente e, também aqueles que estão dispostos a partilhar com os demais, a sua experiência de vida.
Todos têm liberdade para expor os seus pensamentos.
Entre as regras básicas do grupo, a promoção da tolerância, da liberdade e do respeito interpessoal, nortearão a nossa intervenção!
Também, são muito bem-vindos, aqueles que sejam de outras religiões e que estejam nas mesmas condições descritas anteriormente e, também aqueles que estão dispostos a partilhar com os demais, a sua experiência de vida.
Todos têm liberdade para expor os seus pensamentos.
Entre as regras básicas do grupo, a promoção da tolerância, da liberdade e do respeito interpessoal, nortearão a nossa intervenção!
Contacte-nos
Caso tenha interesse em expressar a sua situação pessoal, partilhe! ou deixe aqui informações que considere útil para tod@s.
A sua opinião, de certeza, ajudará ao crescimento deste grupo.
GPIS—
Grupo Português de Intervenção Social para Gays, Lésbicas, Bissexuais, Transgenders, Transexuais, ex-Testemunhas de Jeová
Correio electrónico: glbtex-tj@hotmail.com
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GPIS—
Grupo Português de Intervenção Social para Gays, Lésbicas, Bissexuais, Transgenders, Transexuais, ex-Testemunhas de Jeová
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